Por: Redação Creio
O advento das redes sociais já chegou no púlpito. Além do uso de equipamentos mais modernos na pregação, pastores e líderes cada vez mais incentivam o uso de ferramentas da internet. O último foi Caio Fábio, que fez uma transmissão de vídeo online, através do serviço Twitcam, na qual falou de mudanças no meio evangélico, atacando mais uma vez a chamada teologia da prosperidade.
Acompanhado por cerca de 240 internautas em tempo real, Caio Fábio não aliviou. Ressaltou a utilização de Twitter e Facebook na transmissão do que define como “evangelho genuíno”, dando como exemplo a iniciativa do grupo Vem e Vê TV, já curador de algumas páginas na web. “Eu espero que a virtualidade e a realidade se encontrem”, projetou o pastor.
Desde que se tornaram mania no Brasil, as redes sociais já eram vistas com outro olhos pelos mais antenados dentro e fora da Igreja. Dentro o uso de ferramentas, desde a já quase extinta Orkut, funciona como púlpito virtual, promovendo aconselhamento, evangelismo, discipulado, debates teológicos, cursos e divulgação de eventos. Tudo sem sair de casa.
Segundo dados do IBEG divulgados em 2009, o número de internautas no Brasil cresceu 12 milhões em relação ao mesmo período em 2008. Em 2010, possuía 67,9 milhões de usuários de internet, número que cresce paralelo à quantidade de evangélicos no país. Longe da pretensão de substituir a figura física do pastor, a rede social chega para complementar um trabalho que tende a se tornar cada vez mais complexo.
Se preferir, todo conteúdo compartilhado pode ainda ser complementado no caso de um blog. A união de blogueiros evangélicos, por exemplo, congrega mais de 12 mil pastores, líderes e amantes da escrita como forma de expressão. A cada dia, mais e mais sites assinado por pastores ou denominações pipocam na internet. “Cristãos têm buscado conteúdo mais relevante aprofundado na internet, o que pode demonstrar certa fragilidade no ensino das igrejas” analisa um defensor do púlpito virtual e editor do site ‘Crer e Pensar’, José Barbosa Junior*. Talvez seja esta procura por conhecimento que eleva o Brasil a um dos países mais conectados do globo. O tempo gasto em média por cada usuário aqui gira em torno de 50h/ mês só em navegação. Se incluídas as redes sociais, o número decola para 71h30/ mês. “Estou nas redes sociais simplesmente porque é lá onde as pessoas estão” resume Carlos Bregantin*, pastor do Caminho da Graça, em São Paulo.
