VERDADE GOSPEL
A falta de respeito dos ativistas gays
causou, mais uma vez, tumulto e confusão durante a sessão da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM), que precisou ser interrompida. A
audiência pública, marcada para esta quarta-feira (20), discutiria
o tema do tratamento de pessoas com deficiência mental. Porém, a
intolerância e a falta de respeito de integrantes de movimentos
contrários à presença do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na
presidência da comissão, impediu o debate.
Feliciano não conseguiu ficar mais que
oito minutos na audiência. Mal começou a falar, os ativistas gritaram
palavras de ordem, como “racismo é crime, racismo é crime”.
O parlamentar ameaçou chamar seguranças
para retirar os manifestantes da sala, no entanto, o tumulto
se intensificou. Neste momento, Feliciano passou a presidência da sessão
para o deputado Henrique Afonso (PV-AC), levantou-se e deixou o
plenário sem falar com a imprensa.
O deputado Henrique Afonso, que havia
solicitado o debate lamentou a atitude dos manifestantes que por
“intolerância não estão dando uma chance para que o pastor Marco
Feliciano mostre seu empenho na defesa dos direitos humanos”.
Os deputados Nilmário Miranda (PT-MG) e
Érika Kokay (PT-DF) deixaram a reunião em protesto contra a atitude da
presidência em manter a normalidade dos trabalhos enquanto a comissão
atravessa uma grave crise.
Pressão
O deputado Marco Feliciano afirmou que
continuará no cargo. “Eu continuo e sou presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara dos Deputados”, afirmou ao G1 e à TV Globo ao
deixar o gabinete da liderança do partido. Indagado se poderia
renunciar, ele disse: “Eu não quero falar sobre isso”.
Na noite desta quarta, o presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se reuniu por alguns minutos,
em seu gabinete, com o líder do PSC, André Moura (SE), e com o
vice-presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, para tratar sobre a
situação de Feliciano.
Ao final do encontro, Alves disse que
fez um apelo para a legenda substituir Feliciano. Segundo ele, os
dirigentes do PSC se comprometeram a apresentar uma solução para a crise
nos próximos dias.
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Fonte: Agência Câmara Notícias e G1