Pela primeira vez o papa Francisco admitiu que na denominação existe uma “cumplicidade inexplicável” no clero da Igreja Católica com os casos de abusos sexuais e pede perdão às vitimas dos abusos. O pedido aconteceu em homilia na segunda-feira(07), onde o papa pediu várias vezes perdão. -Confira, assista e comente…
O Papa Francisco denunciou nesta segunda-feira (7) a “cumplicidade inexplicável” da Igreja Católica com os padres pedófilos que cometeram abusos sexuais e pediu desculpas às vítimas em um encontro com algumas delas no Vaticano.
Em suas palavras mais fortes sobre o assunto, Francisco disse às vítimas que os abusos foram “camuflados com cumplicidade” e implorou por perdão.
“Há muito tempo sinto no coração uma profunda dor, um sofrimento tanto tempo oculto, tanto tempo dissimulado com uma cumplicidade que não tem explicação”, disse o pontífice em uma comovedora homília na qual pediu várias vezes perdão.
“Diante de Deus expresso minha dor pelos pecados e crimes graves de abusos sexuais cometidos pelo clero contra vocês e humildemente peço perdão”, afirmou o Papa, que reconheceu que os líderes da Igreja “não responderam adequadamente às denúncias de abuso apresentadas por familiares e por aqueles que foram vítimas de abuso”, disse.
Durante a missa que celebrou no Vaticano na presença de seis vítimas, Francisco criticou, ainda, a forma como os crimes foram camuflados pelos que que podiam ter feito a diferença.
“Quero expressar a minha dor pelos pecados e pelos crimes graves que abuso sexual cometidos pelo clero contra vós. Humildemente peço perdão e peço, também, perdão pelo pecado de omissão por parte de líderes da igreja” afirma.
O Papa reuniu-se depois em privado com as seis vítimas de três nacionalidades: alemã, inglesa e irlandesa.
Antes da homilia, Francisco, também, não foi poupado a críticas como explica Philip Pullella, correspondente da Reuters noVaticano:
“o Papa foi criticado pelo tempo que demorou a reunir-se com vítimas de abuso sexual, ou seja, cerca de seis meses depois de ter sido eleito. As vítimas da Argentina ficaram tristes por não terem sido incluídas no grupo e enviaram uma carta ao Papa a dar conta desse sentimento que consideram ser de exclusão.”
Nos últimos 10 anos, o Vaticano investigou mais de 3000 casos e afastou cerca de 850 padres
VERDADE GOSPEL