O preconceito contra os consumidores evangélicos caiu por terra quando as cifras do mundo gospel começaram a se multiplicar na
mesma velocidade de templos e fiéis. Com investimento maciço em comunicação, os crentes — assim chamados, embora nem todos gostem da expressão, mas são conhecidos como ‘evangélicos’— passaram a ser vistos e ouvidos e, na última década, se consolidaram como o segmento religioso que mais cresce no país, alicerçado em muita fé e dinheiro.
Incluída a radiografia das lojas de instrumentos musicais e de vestuário, o universo gospel responde pela criação direta de mais de 2 milhões de empregos no país. A “revolução dos evangélicos”, como algumas correntes da religião definem a ascensão da última década, revela um mercado de rentabilidade contínua. Estimativa feita pela organização Servindo aos Pastores e Líderes (Sepal) indica que em 2020 os evangélicos poderão ser mais da metade da população brasileira.
O segmento gospel é o principal responsável pela sobrevida da indústria fonográfica. Menos suscetíveis à pirataria e ao
compartilhamento de áudios pela internet — devido aos princípios dos fiéis –, CDs e DVDs de música cristã movimentam algo em torno de R$ 500 milhões anuais. Não à toa, a Sony Music criou, em 2010, um selo específico para a música evangélica no Brasil.
Podemos citar como referencia do mercado fonográfico que se consolidou e esta cada vez mais estável, a banda Diante do Trono,
de BH, que completou 15 anos e se tornou um fenômeno de vendas, tendo como líder a cantora Ana Paula Valadão, filha do pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. O grupo tem 33 álbuns gravados, esteve em 14 países e vendeu mais de 7 milhões de cópias.
VERDADE GOSPEL