Equipe se dirigia ao local do suposto ataque químico, nos arredores de Damasco
Equipe se dirigia ao local do suposto ataque químico, nos arredores de Damasco
O comboio de veículos da ONU sofreu uma emboscada nesta segunda-feira (26) após deixar um hotel em Damasco e seguir em direção ao local do suposto ataque químico denunciado pela oposição síria. De acordo com informações das Nações Unidas, atiradores dispararam contra oito carros que levavam inspetores à área atacada na última quarta-feira, onde mais de 1.300 civis teriam sido mortos em um bombardeio com substâncias proibidas perpetrado das tropas do presidente Bashar al-Assad. Um dos carros foi danificado. Por enquanto, não há feridos.
A pressão internacional, elevada pela confirmação dos Médicos Sem Fronteiras de que centenas de pessoas teriam sido asfixiadas, levou o governo sírio a permitir o acesso da equipe para investigar o uso de armas químicas. Os observadores, no entanto, podem ter dificuldades de encontrar provas. O tempo e os impactos de outros bombardeios subsequentes ao ataque químico à região podem ter apagado grande parte dos restos de gases tóxicos.
Pouco depois de os observadores das Nações Unidas terem deixado o hotel Four Seasons, em Damasco, dois morteiros caíram na região, informou a Reuters, citando a agência de notícias estatal Sana. Os explosivos teriam sido lançados por “terroristas”.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu nesta segunda-feira uma ação urgente caso o uso de substâncias proibidas na Síria seja comprovado.
O sinal verde do regime sírio para as Nações Unidas foi recebido com desconfiança pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, que já discutem uma intervenção militar. Os dois países afirmam que o governo de Assad pode ter apagado evidências.
Em uma entrevista a um jornal russo, o presidente sírio rejeitou as alegações de que suas forças usaram armas químicas e advertiu Washington de que qualquer intervenção militar dos EUA será um fracasso.
“O fracasso espera os Estados Unidos, como em todas as guerras anteriores, começando com o Vietnã e até os dias de hoje”, disse Assad ao diário “Izvestia” quando perguntado o que aconteceria se os Estados Unidos decidissem atacar ou invadir a Síria.
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Fonte: O Globo